Fique atento aos sintomas
Entre os principais sintomas da dengue, estão:
febre alta
dor de cabeça
dores no corpo e articulações
cansaço
fraqueza
dor atrás dos olhos
manchas vermelhas na pele
Em alguns casos, o paciente também podem apresentar erupções e na forma mais grave da doença, dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Extravasamento de plasma ou hemorragias são considerados sinais de alerta, porque podem levar o paciente a choque grave e óbito. Ao apresentar qualquer sintoma, procure atendimento médico.
Cenário
Conforme dados da Vigilância em Saúde de Santa Maria, foram registrados 234 casos confirmados em 2020, o que caracterizou um cenário de epidemia da doença no município. No ano seguinte, foram apenas 63 diagnósticos positivos. Em 2022, o número aumentou consideravelmente, contabilizando 170 positivados.
Em maio de 2022, a prefeitura, em parceria com a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), efetuou ações de pulverização do inseticida Cielo ULV em áreas nas quais foram registradas a presença do Aedes Aegypti. Grande parte dos casos confirmados predominavam em bairros da Região Oeste, como Pinheiro Machado, Tancredo Neves e Juscelino Kubitschek.
O ano foi encerrado sem registro de óbitos em decorrência da doença e apesar do alto índice, sem situação de surto generalizado constatada, ou seja, em toda a cidade. Vale lembrar que Santa Maria registrou apenas três surtos generalizado de doença nos últimos anos, sendo o primeiro foi em 2019.
A prefeitura informa que o painel de monitoramento da dengue conta com atualizações anuais, sendo que a cada virada de ano, ele é zerado. Também são monitorados possíveis casos de Zika e Chikungunya, ocasionadas pelo mosquito Aedes.
2023 começou com casos em investigação
Com a virada de ano, o painel já inicia com dois casos em investigação em 2023. De acordo com o painel de monitoramento, os quadros analisados são de um homem e uma mulher, com idades entre 20 e 29 anos e entre 40 e 49 anos, moradores dos bairros Itararé e Nossa Senhora de Fátima. Para entender a situação dos investigados, o Diário entrou em contato com a prefeitura, que forneceu informações detalhadas sobre cada caso:
Caso 1
Paciente apresentava sintomas como febre, cefaleia e artralgia e buscou atendimento médico em 2 de janeiro no Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo
A coleta do material foi feita no mesmo dia, sendo encaminhada para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen) em 4 de janeiro
O caso segue em investigação, aguardando pela segunda coleta para confirmação ou descarte
Caso 2
Paciente apresentava febre, mialgia, cefaleia, vômitos, náuseas, dor nas costas, dor retro orbital e artralgia, buscando atendimento no dia 4 de janeiro na Estratégia de Saúde da Família (ESF) Itararé
A coleta do material foi feita no dia 5 de janeiro, sendo encaminada para análise no Lacen no dia 9
O caso foi descartado no dia 16 de janeiro
Planejamento para 2023
Para iniciar o ano com mudanças no cenário, o Estado lançou um programa de ações para o Enfrentamento ao Aedes e às doenças provocadas pelo mosquito na última quarta-feira (18). O evento, que ocorreu na sede da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), em Porto Alegre, contou com a presença da secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann; o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado (Cosems/RS) e secretário de Saúde de Santa Maria, Guilherme Ribas, entre gestores municipais e autoridades.
Em 2022, o Estado notificou mais de 98 mil casos suspeitos e confirmou quase 67 mil casos de dengue. Também foram registrados 66 óbitos pela doença no ano passado, sendo o maior índice contabilizado na série histórica. O mosquito Aedes aegypti esteve presente em 91% das cidades gaúchas, totalizando 453 municípios classificados como infestados.
– Se nós tivemos quase 67 mil casos confirmados e 66 obitos, nós precisamos sair daqui ao menos com o compromisso de que 2023 será um ano de saúde e com o qual iremos nos orgulhar em diminuir o número de casos confirmados e suspeitos, e sensivelmente, o número de óbitos – afirmou Arita no lançamento.
Atualmente, 296 municípios gaúchos contam com Planos de Contingência atualizados. O objetivo é ampliar a atuação a partir da criação de comitês municipais. Em discurso, Ribas argumenta que manter um fluxo de notificações também será essencial:
– O processo começa com os cuidados em casa. Mas, é importante que os municipios com suas equipes técnicos tenham um fluxo bem estabelecido. Se não tivermos fluxo bem estabelecido, não teremos notificações.
Durante o lançamento, o diretor adjunto do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Marcelo Valandro, apresentou dados sobre o cenário, quais são os fatores de risco para a expansão da dengue e quais são as estratégias já adotadas pelo Estado. Entre as medidas, está a emissão de comunicados de risco para as 30 regiões.
– Quando a gente comunica um risco, dizemos que isso está acontecendo e precisamos pensar nessa doença para não ter o desfecho que teve – explica Valandro.
Faça a sua parte
Mantenha a caixa d’água sempre fechada;
Encha de areia, até a borda, os potes e os vasos de plantas;
Não deixe a água da chuva acumular em recipientes;
Mantenha tampados tonéis e barris de água;
Guarde garrafas de cabeça para baixo;
Recolha seus resíduos;
Use repelente;
Utilize inseticida em locais escuros (perto do chão e proximidades de piscina);
Atenção às piscinas, especialmente as de plástico
Para denúncias de locais com água parada em Santa Maria, ligue para (55) 3921-7159 ou acesse o formulário pelo site da prefeitura
Arianne Lima – [email protected]
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